A Casa Museu Eva Klabin apresenta ‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’

A partir de  08 de fevereiro, a Casa Museu Eva Klabin inaugura a exposição ‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’, com curadoria de Janaina Damaceno, Ana Paula Rocha e Paulo de Freitas Costa. Idealizada pela Casa Museu Ema Klabin em 2024, a mostra chega ao Rio para fomentar ainda mais o questionamento sobre a representação da cidade no século XIX.

Na exposição, são apresentadas gravuras do álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, de Jacob Steinmann. A obra do artista suíço é considerada como uma das mais importantes representações do século XIX no Brasil. Ao aliar o aspecto técnico e artístico, o álbum obteve grande reverberação nacional e internacional, e, consequentemente se materializou como um objeto de desejo de diversos colecionadores, como o caso da irmã de Eva, Ema Klabin, que adquiriu em 1983 o exemplar que faz parte da exposição.

Em uma versão de Brasil que ecoa até os dias atuais na maneira a qual o mundo o imagina, o álbum de Steinmann também é capaz de fomentar um debate sobre as formas de representação construídas, principalmente no que tange a desconsideração das tensões na construção da sociedade brasileira, pautada na escravização e sucateamento da vida de povos africanos e indígenas. Estas obras são reinterpretadas por PV Dias, que nos convida a “ouvir as imagens” através da série ‘Disse-me-disse’. Com a ideia do cochicho como uma ferramenta de recusa à condição indigna da escravidão, o artista sobrepõe personagens à esses cenários aparentemente passivos, investiga os sons da resistência e os aspectos visuais da inconformidade em relação ao cotidiano real que a paisagem também traz consigo.

“O suposto silêncio dessas paisagens, que retratam o estado do Rio de Janeiro, é rompido pela multitemporalidade do chiar dos cochichos e escutas que transitam, levando e revelando segredos, entre os séculos XIX e XXI. A sonoridade e a gestualidade do cochicho quebram o pacto de uma aparente passividade de pessoas que no século XIX eram sujeitadas à escravidão, revelando-o como uma das tecnologias de sobrevivência e de (con)fabulação que permitiu que chegássemos vivos até aqui.

Janaína Damaceno
Curadora

‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’ inaugura no dia 08 de fevereiro (sábado), às 15h e ocupa o primeiro andar da Casa Museu, na Sala Chinesa, Sala Inglesa e Hall Inferior. A mostra pode ser visitada gratuitamente de quarta a domingo, de 14h às 18h, até 13 de abril de 2025. 

“O suposto silêncio dessas paisagens, que retratam o estado do Rio de Janeiro, é rompido pela multitemporalidade do chiar dos cochichos e escutas que transitam, levando e revelando segredos, entre os séculos XIX e XXI. A sonoridade e a gestualidade do cochicho quebram o pacto de uma aparente passividade de pessoas que no século XIX eram sujeitadas à escravidão, revelando-o como uma das tecnologias de sobrevivência e de (con)fabulação que permitiu que chegássemos vivos até aqui.

Janaína Damaceno
Curadora

‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’ inaugura no dia 08 de fevereiro (sábado), às 15h e ocupa o primeiro andar da Casa Museu, na Sala Chinesa, Sala Inglesa e Hall Inferior. A mostra pode ser visitada gratuitamente de quarta a domingo, de 14h às 18h, até 13 de abril de 2025. 

OBRAS EM DESTAQUE

SOBRE

PV Dias

Nascido em 1994, é um artista amazônico radicado no Rio de Janeiro, Brasil. Estudou pintura, colagem e outras práticas artísticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e mestre pelo mesmo programa. Sua pesquisa se concentra no apagamento de imagens de um território e suas possíveis rupturas. Novas narrativas, fabulações críticas e redesenho de histórias de um país colonizado.

Cria a partir de diversas práticas artísticas, entre elas pintura, fotografia, vídeo e arte digital. Em 2024, inaugurou sua primeira exposição individual em São Paulo, a exposição “Rádios-Cipós” no 33º Programa de Exposições do CCSP. Sua obra integra a primeira “Bienal da Amazônia” em 2023, em Belém do Pará. Dentre as diversas exposições das quais participou nos últimos anos, destacam-se: “Warmth”; no One Gee in Fog, em Genebra; o “Salão Arte Pará”, em 2022, onde conquistou residência no Pivô Arte e Pesquisa por meio de premiação; as exposições “Bloco do Prazer”, “Funk!” e “Casa Carioca”, no Museu de Arte do Rio; a exposição “Habito-Habitante”, no Parque Lage; “Notícias do Brasil”, no Centro Cultural da PGE-RJ; “Pretagonismos no Acervo do Museu Nacional de Belas Artes”, no BNDES Cultural; “Rio de Janeiro XIX-XXI”, na Casa Museu Ema Klabin; “Máscaras, Para Que Te Quero?”, no Museu da República; “O Espaço Dividido”, no Goethe Institut Salvador e também a exposição “Arte Contemporânea Habita Antônio Prado” no Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Suas obras integram os acervos públicos da Coleção Amazoniana (Universidade Federal do Pará – UFPA), do Museu de Arte do Rio (RJ) e do Museu Nacional de Belas Artes (RJ).


Janaína Damaceno

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ). Atua no Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCULT/ UFF). É Doutora em Antropologia Social (2013) pela USP, Mestre em Educação (2008) e Bacharel em Filosofia (1999) pela Unicamp. Realizou o pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar. Seus interesses de pesquisa incidem sobre relações entre Estética e Política; Contravisualidades, Cultura Visual e Audiovisual em África e na Diáspora Africana. Desde novembro de 2013 é uma das coordenadoras do Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE). www.ficine.org.br. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra.


Ana Paula Rocha

Ana Paula Rocha atua como coordenadora de cultura no Sesc RJ, em projetos com ênfase em artes visuais e acervos. Doutoranda (bolsista CAPES) e mestre (Faperj Nota 10 e CNPq) pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde integra o Laboratório de Estudos da Cidade, o Urbano. Museóloga pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na gestão de projetos culturais e exposições, curadoria independente e docência, este último por meio da promoção de oficinas no Coletivo Negro Guerreiro Ramos do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ). Idealizadora da INTRUSA (@intrusacultura), plataforma de arte e pensamento. Suas pesquisas recentes versam sobre sociologia e antropologia da arte e urbana, e os cruzamentos entre museus, memória, identidade nacional e arte contemporânea.


Paulo de Freitas Costa

Arquiteto e mestre em Artes pela USP. Em 1997, foi convidado a coordenar a catalogação da Coleção Ema Klabin, passando a atuar como curador da Fundação em 2001. No ano de 2000, foi selecionado pela Lampadia Foundation para o programa de um ano de pesquisa na National Gallery de Washington D.C. Em sua abertura ao público, a Fundação Ema Klabin foi contemplada com o prêmio de melhor iniciativa de 2007 pela Associação Paulista de Críticos de Arte – A.P.C.A. Participa, anualmente, da organização do Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas, promovido pelo Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.

SERVIÇO
Exposição ‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’

Abertura:
8 de fevereiro, das 15h às 18h
Período: 8 de fevereiro a 13 de abril de 2025
Visitação: Quarta a domingo , das 14h às 18h
Local: Casa Museu Eva Klabin 
Av. Epitácio Pessoa, 2.489 | Lagoa – Rio de Janeiro
Entrada gratuita

Classificação livre  Ficheiro:DJCTQ - L.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre

“Rio de Janeiro XIX – XXI” é uma iniciativa da Casa Museu Eva Klabin e é realizada pela Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, do Governo Federal. Conta com o patrocínio da Klabin S.A, parceria da Casa Museu Ema Klabin, apoio da Everaldo Molduras e parceria de mídia da Revista Piauí e do Canal Curta!

 
SERVIÇO
Exposição ‘Rio de Janeiro: XIX – XXI’

Abertura:
8 de fevereiro, das 15h às 18h
Período: 8 de fevereiro a 13 de abril de 2025
Visitação: Quarta a domingo , das 14h às 18h
Local: Casa Museu Eva Klabin 
Av. Epitácio Pessoa, 2.489 | Lagoa – Rio de Janeiro
Entrada gratuita

Classificação livre  Ficheiro:DJCTQ - L.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre

“Rio de Janeiro XIX – XXI” é uma iniciativa da Casa Museu Eva Klabin e é realizada pela Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, do Governo Federal. Conta com o patrocínio da Klabin S.A, parceria da Casa Museu Ema Klabin, apoio da Everaldo Molduras e parceria de mídia do Canal Curta!.
Ministério da Cultura e Klabin S.A. apresentam
ESSAS PESSOAS NA SALA DE JANTAR
CASA MUSEU EVA KLABIN
CONSELHEIRO EMÉRITO
Fernando Henrique Cardoso  
PRESIDENTE
José Pio Borges  
DIRETORES 
Sérgio Brilhante de Albuquerque
Stela Klabin  
CONSELHO DE CURADORES
Lea Klabin [presidente]  
Celso Lafer
Genny Nissenbaum
Hugo Barreto
João Afonso Assis
Katia Mindlin Leite Barbosa
ADMINISTRAÇÃO
Vanderléa Regina de Paiva
GESTÃO CULTURAL
Heloisa Vallone  
MUSEOLOGIA
Ruth Levy [museóloga senior]
Diogo Maia [museólogo pleno]
Fabiana Vidal [museóloga assistente]  
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO 
Carlos Miguez [coordenadorr]
Gabriel Caires [assistente]  
Bernardo Novo [estagiário]  
Carol Ferrniz [estagiária]
Thais Seixas [estagiária]  
PRODUÇÃO
Juliana Cunha [coordenadora]
Nathalia Araujo [assistente]
Sofia SK [assistente]  
COMUNICAÇÃO
Julia Ribeiro [coordenadora]
Daniel Garrido [analista sênior]
Andrea Caldas [assessora]
Suzane Santos [estagiária]  
ADMINISTRATIVO
Gabriel Mendes
Samara Soares
MANUTENÇÃO
Maurício Costa e Silva [coordenador]
Giuseppe Barros
João Batista de Oliveira Sousa
Rogério Santiago
Ronnie Sousa 
 
EXPOSIÇÃO
CURADORIA
Raphael Fonseca  
DESIGN
ESTUDIO CRU
PRODUÇÃO 
Rodrigo Andrade  [AREA27]  
REVISÃO DE TEXTO
Rosalina Gouveia  
TRADUÇÃO PARA O INGLÊS
Alice da Palma
MONTAGEM
KBedim 
ILUMINAÇÃO
Julio Katona    
REGISTRO FOTOGRÁFICO
Mario Grisolli      
ASSESSORIA DE IMPRENSA
A2 Comunicação
PR & INFLUENCERS
Atômica Lab  
AGRADECIMENTOS 
Asfalto
Aura Galeria
Galeria Athena  
Galeria Leme  
Quadra
Ludwig Danielian 
SITE 
Studio Oya
Classificação Livre