a casa museu
A Casa Museu Eva Klabin abriga a coleção reunida por Eva Klabin (1903-1991), um dos mais importantes acervos de arte clássica dos museus brasileiros, contando com mais de duas mil peças que cobrem um arco de tempo de quase 50 séculos, do Egito Antigo ao Impressionismo. A coleção está em exposição permanente e aberta ao público na casa-museu instalada na residência em que a colecionadora viveu por mais de 30 anos e abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa.
Nascida do desejo da colecionadora de legar o precioso acervo reunido ao longo de toda uma vida à cidade do Rio de Janeiro, a Casa Museu foi criada em 1990, um ano antes do falecimento de sua idealizadora e instituidora e foi oficialmente aberta ao público pelo então ministro da Cultura, Francisco Weffort, em agosto de 1995.
Ao longo destes anos de existência a Fundação tem oferecido uma programação cultural variada e de qualidade que inclui, além das visitas guiadas ao acervo, atividades como exposições, concertos, filmes, cursos e conferências, tornando-se referência na vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Comprada por Eva Klabin em 1952, a casa que abriga a Casa Museu data de 1931, sendo das primeiras residências da então recém-urbanizada Lagoa Rodrigo de Freitas. Suas dimensões eram modestas e seu estilo normando foi um modismo característico da época, bastante empregado nas casas “balneares” da cidade. Ainda em 1952, Eva e seu marido encomendaram um projeto ao arquiteto italiano Gaetano Minnucci, que apresentou soluções dentro do espírito clássico, com fachadas e interiores palacianos, porém a idéia de demolir a casa original para construir uma nova não foi levada adiante.
No início dos anos 60, já viúva, Eva Klabin decidiu empreender uma verdadeira revolução na casa original e, apesar de manter o estilo, fez uma grande reforma de ampliação adaptando-a para receber a coleção que crescia a cada dia. A reforma, entregue a uma conceituada firma de engenharia carioca, durou sete anos, período em que Eva instalou-se em seu apartamento na av. Atlântica, no Leme. Pessoa de gosto apurado e detalhista, a proprietária encomendou os mais finos materiais e cuidou de cada detalhe de acabamento, fazendo alterações ao longo da obra, até ficar tudo inteiramente de seu agrado.
De volta à casa da Lagoa, em 1967, tornou-se grande anfitriã e passou a se dedicar, ainda com maior entusiasmo, à coleção. A idéia de criar a instituição que perpetuaria a sua obra e guardaria a sua coleção a ser compartilhada com o público começa a amadurecer. Na década de 1980, cercou-se de profissionais que começaram a inventariar e pesquisar o acervo, tomou todas as medidas legais para a criação da casa museu e, ao falecer em 1991, deixou para as futuras gerações um bem incalculável.